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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2015

Esperança Vazia

Quando a saudade me abraça, Por de ti não ter mais novas. Sinto calada, esta casa. Emudeço nas minhas trovas E sinto no peito, um aperto, Quando estou sozinha à noite E sei que não estares é tão certo... E estando eu neste leito frio, Olho para o lado, sem nunca te ver, E querendo chorar, sorrio, Mesmo sabendo que não te vou ter. E saboreando a vazia esperança, Tendo o que só o sonho alcança, Sei que sou tola sem eu o saber.                   

Sinceramente, tua!

Que raio estou eu aqui a fazer? Pergunto-me uma e outra vez. Tenho na minha frente o computador, as mãos paradas no teclado. Procuro algo para escrever, uma ideia, qualquer coisa, mas não consigo. A cada volta que dê ao pensamento, procurando uma luz, tu bloqueias-me. Tens o controlo total e absoluto sobre aquilo que penso. Não me perguntes como o conseguiste, mas a verdade é que o conseguiste. Não sei de mais nada. Tu, tu e só tu. E eu aqui, numa espera incessante. Vai dar? Não vai dar? Sei que ultimamente tudo se resume a isso. A sonhar acordada. A sonhar contigo. A sonhar connosco. Sempre fui muito confusa, em tudo na vida. E aquele velho lema de seguir o que o coração dizia, comigo nunca resultou muito bem. Tudo se resumiu a uma série de falhanços que me levaram ao que sou hoje. Sou mais fria. Sou menos lamechas. Sou mais descrente no amor. Tenho pena! Havias de me ter conhecido nos tempos em que apaixonar-me era parar tudo na minha vida e depositar todo o meu tempo, o meu ser e

Saudade

Saudade... o sentimento mais vazio e indescritível que possa existir. Tenho saudade de tanta coisa, sobretudo tenho saudade do tempo em que não tinha saudades de nada, em que tudo o que um dia me iria fazer falta, estava lá. Agora há tanta coisa que me faz falta. As coisas à minha volta, que me completavam, foram desaparecendo. As pessoas que me preenchiam, foram se indo, na sua grande viagem. Agora as saudades que sinto das pessoas, dos momentos, ficam à distância de uma lembrança. E sabe tão bem lembrar. Lembro as pessoas, as vozes, os cheiros... Lembro as histórias que a minha avó contava, uma e outra vez. Eram tantas e foram repetidas tantas vezes. Eram um pequeno tesouro que sempre quis guardar, que sempre pensei que teria tempo de guardar, mas a oportunidade passou. Desperdicei-a em vão. Parece que mal perdeu a capacidade de ser uma boa contadora de histórias, e todas as que me havia contado, durante mais de 20 anos, desvaneceram-se na minha memória. Tenho saudades de a ouvir

Minha Libertação

Às vezes sinto que me invade o vazio. Parece que já a nada pertenço. Tenho tudo, mas ao mesmo tempo não tenho nada. Sou como uma folha de Outono. Desprendi-me da árvore e agora só me resta andar ao sabor do vento. Vou a todo o lado, mas não tenho destino algum. Todos os caminhos me pertencem, mas nenhum me leva na direção desejada... Nem eu sei qual é a direção desejada. Toda a vida me senti assim, errante. Desenquadrada. Faço parte de uma pintura à qual eu não pertenço. Quero me libertar. Quero sentir nas veias, correr o meu sangue quente. Quero ter vida! Mas eu tenho vida. Uma vida extenuante. Uma vida sem objetivos. Uma vida cujos episódios vou vivendo em piloto automático. Mas eu quero mais! Estou sedenta por viver uma Vida. Por ter vontade de lutar, de buscar algo melhor. Por viver a sério, como as pessoas felizes fazem. Estou sedenta de libertação. Mas não é uma libertação qualquer. É uma libertação que vai mais além do que aquela que atinjo no meio destas palavras soltas a

É só o começo...

É só um dia de Outono. É só o começo.  Fechas a porta e fica tudo lá fora. Deixa a chuva cair, deixa a trovoada soar pelos céus. Entrelaça-te entre a roupa da tua cama e deixa-te ficar. Fecha os olhos no silêncio da tua mente e ouve.  Ouve a cantiga do vento. Ouve os versos que a chuva entoa. Ouve os teus pensamentos e os versos vazios que vais fazendo.  Imagina-te noutro lugar qualquer. Sonha! Sonha com o sabor do Verão e o cheiro a brisa do mar. Mas são só devaneios. Então esquece-os. Deleita-te só com a chuva que este Outono vem trazendo e esquece o resto!