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A mostrar mensagens de fevereiro, 2016

Largando Os Medos

Faças o que fizeres, nunca serás bom o suficiente para esta terra que te viu nascer. Nunca terás o valor que outrora sonhavas ter, porque nesta terra, reina o fracasso. Moras na Avenida dos Sonhos Desfeitos, mas só agora te começas a dar conta disso. O futuro assusta! Não há planos, há indecisões. O passado marcou! Deixou marcas agonizantes dentro desse teu pequenino ser, que julgavas que nunca iria quebrar... mas quebrou. O presente é uma merda! É isso mesmo, não sabe a nada, sabe a desleixo, a procrastinação talvez. Tens que pensar na vida, mas não podes pensar, porque pensar faz mal. Polui-te a entranhas de medo de arriscar! E no fundo tens vontade de arriscar, mas o teu ser tão pequeno sente-se inútil, incapaz de mover um dedo para fora da bolha em que vive... Tens medo! O medo é sufocante. Ninguém sabe o que é ter medo, aquele MEDO. O que parece que quando se manifesta dentro de ti, deixa uma nuvem escura por cima da tua cabeça e uma pedra pesada no lugar do coração e dói. Ma
É tão depressa noite neste bairro, Onde se estende a luz da lua corriqueira E os prédios antigos vão morrendo, Aos olhos do mundo em vil cegueira. E descendo a calçada antiga, Ouço, sob a luz da noite morta, Ecos de uma velha cantiga, Fados de uma tristeza qualquer Memórias de um tempo ido, Saídos da voz de uma mulher. Por momentos consigo recordar Os tempos de outrora que ali havia Os sons, os cheiros, os passos... O calor que se sentia. Agora vivemos no esquecimento eterno Onde não mais se lembram de voltar. A saudade e o vazio do inverno Aos poucos começam a imperar.
Palavra sentida, amor, que me corrompe. É o retrato de minha dor inventada, Do caos que deixaste solto em mim. Quisera eu dizer-te o que não disse, Perdida neste labirinto de emoções, Caindo no abismo entre o silêncio e a expressão, Quando já não fazes parte dos meus dias vazios. E as imagens que passam na minha cabeça, São apenas lembranças de luz e devaneio, De como era bom respirar-te, sentir-te, amar-te... Agora restam-me as sombras deste monólogo, Nesta espiral de pensamentos. E entre insanidades e mistérios, Deixo apenas o meu lápis a divagar, Desejando ouvir dessa voz uma resposta, Mas sei que tarda e não chega. Tudo se perdeu no silêncio, Por termos tanto a dizer e não falarmos. Sufoquei no silêncio ruidoso de cada palavra.