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A mostrar mensagens de 2016
De cada vez que me vou, deixando para trás o meu coração contigo, é cada vez mais difícil controlar este mar dentro dos meus olhos. Choro por dentro à medida que vejo a terra se afastar, neste compasso que nos separa, que me separa de um sítio a que agora posso chamar de casa. Na minha cabeça há alguma confusão, se por um lado perco raízes, por outro as vou ganhando... O meu coração as vai ganhando junto do teu coração, não importa em que sítio do mundo possa ser. No final das contas, o lugar que posso chamar de casa, é onde me faças feliz. Agora, a cada vez que te deixo, a cada regresso à minha realidade, sinto-me uma estranha. Sou uma turista passeando pela vida que sempre levei, mas que agora já não me pertence, ou pelo menos eu sinto que está deixando de me pertencer. As asas que me fizeste ganhar, anseiam por me fazer voar mais alto... por me levar até ti.
Não há palavras na língua portuguesa capazes de definir a imensidão do que sinto por ti. Simplesmente tropecei em ti a meio de uma tempestade no meu ser. Encontrei abrigo no sítio mais improvável e não mais quis abrir mão disso.  Cada minuto mais que passo contigo, faz-me não te querer largar mais. Faz-me querer ficar colada a ti, pele com pele, dois corações batendo juntos, no mesmo compasso. A alegria de cada reencontro faz-me querer parar o tempo, para não termos de voltar a ficar afastados. Mas quando chega a hora da partida, sinto-me sem rumo, sinto que por ti perdi as minhas raízes. Já não sei a que lado pertenço. O meu corpo está aqui, parado na espera de te voltar a encontrar num abraço sem fim, mas o meu coração pertence-te.
Não preciso que me dês as estrelas, basta-me ter-te a meu lado para as contar, uma a uma, pela noite dentro. Não preciso que me dês o mundo. Só preciso que sejas parte do meu mundo e que o preenchas cada vez mais. Tu, em quem eu, cega, não queria ver nada, ensinaste-me a ver tudo. Contigo tenho aprendido a me descobrir, depois que me descobriste e viste em mim o que eu não via. És um visionário, um sonhador, um apaixonado. Sonhas com as coisas que te apaixonam e trilhas o caminho para as alcançar. Orgulho-me de me teres encontrado nesse caminho e contigo sigo essa viagem, contínua, de crescimento pessoal em que te tornas cada vez maior. Agora fazes-me crescer a teu lado. Quero ser tão grande quanto tu, para te completar cada vez mais, como tu tens vindo a completar este vazio do meu mundo. Os nossos mundos não seriam os mesmos se tivéssemos seguido viagem sem nos cruzarmos pelo caminho. Nunca te esqueças, que quem sonha, faz acontecer!

Largando Os Medos

Faças o que fizeres, nunca serás bom o suficiente para esta terra que te viu nascer. Nunca terás o valor que outrora sonhavas ter, porque nesta terra, reina o fracasso. Moras na Avenida dos Sonhos Desfeitos, mas só agora te começas a dar conta disso. O futuro assusta! Não há planos, há indecisões. O passado marcou! Deixou marcas agonizantes dentro desse teu pequenino ser, que julgavas que nunca iria quebrar... mas quebrou. O presente é uma merda! É isso mesmo, não sabe a nada, sabe a desleixo, a procrastinação talvez. Tens que pensar na vida, mas não podes pensar, porque pensar faz mal. Polui-te a entranhas de medo de arriscar! E no fundo tens vontade de arriscar, mas o teu ser tão pequeno sente-se inútil, incapaz de mover um dedo para fora da bolha em que vive... Tens medo! O medo é sufocante. Ninguém sabe o que é ter medo, aquele MEDO. O que parece que quando se manifesta dentro de ti, deixa uma nuvem escura por cima da tua cabeça e uma pedra pesada no lugar do coração e dói. Ma
É tão depressa noite neste bairro, Onde se estende a luz da lua corriqueira E os prédios antigos vão morrendo, Aos olhos do mundo em vil cegueira. E descendo a calçada antiga, Ouço, sob a luz da noite morta, Ecos de uma velha cantiga, Fados de uma tristeza qualquer Memórias de um tempo ido, Saídos da voz de uma mulher. Por momentos consigo recordar Os tempos de outrora que ali havia Os sons, os cheiros, os passos... O calor que se sentia. Agora vivemos no esquecimento eterno Onde não mais se lembram de voltar. A saudade e o vazio do inverno Aos poucos começam a imperar.
Palavra sentida, amor, que me corrompe. É o retrato de minha dor inventada, Do caos que deixaste solto em mim. Quisera eu dizer-te o que não disse, Perdida neste labirinto de emoções, Caindo no abismo entre o silêncio e a expressão, Quando já não fazes parte dos meus dias vazios. E as imagens que passam na minha cabeça, São apenas lembranças de luz e devaneio, De como era bom respirar-te, sentir-te, amar-te... Agora restam-me as sombras deste monólogo, Nesta espiral de pensamentos. E entre insanidades e mistérios, Deixo apenas o meu lápis a divagar, Desejando ouvir dessa voz uma resposta, Mas sei que tarda e não chega. Tudo se perdeu no silêncio, Por termos tanto a dizer e não falarmos. Sufoquei no silêncio ruidoso de cada palavra.
Febril, escorrem-me do lápis palavras,  aladas. Estupros dos meus pensamentos remotos,  soltos, entre letras sem dono num poema qualquer,  sem eu o saber. Febril,  deixo-me ser louca,  sem o ser.
Liberta-te! Aprende a te libertar do que te faz mal, do que te consome interiormente. Deixa ir tudo o que não é bom e deixarás espaço para as coisas boas entrarem na tua vida. Com tempo tudo virá... e com paciência. Lembra-te, nunca desesperes, porque as coisas boas levam sempre o seu tempo para acontecer. Não deixes que o comodismo do teu ser te deixe viver nos teus dias de insatisfação que se arrastam em piloto automático, um atrás do outro, como o tique taque do relógio, que vai avançando, mas é sempre igual. Tique... taque! Vais envelhecer, as marcas de expressão vão começar a parecer cada vez mais vincadas. Qualquer dia dás por ti em frente ao espelho a contar os primeiros cabelos brancos. O tempo está avançando e tu parece que regrides e não progrides. Estás amarrado. É como se vivesses com duas bolas de chumbo amarradas às pernas. Neste momento estás a rir desta comparação parva, mas é a verdade. Queres caminhar solto e não consegues, então só te arrastas. Mas está nas tuas