Avançar para o conteúdo principal

Chega Desta Porra!

 Chega.

Há um limite para o que é tolerável. Há um limite na minha tolerância que tive que impor à força, mas teve que ser. Se assim não fosse, ia deixar tudo se arrastar. Ia me arrastando atrás de ti e da tua noção de "calma", que a mim me pareceu parada. Ia viver na indefinição de uma coisa que tinha de ser preto no branco. 

Eu não lido bem com indefinição. Não lido bem com gente sem planos, com gente que não sabe o que quer, com gente inconstante. E tu, que à partida parecias ter tudo organizado ao ponto de eu te querer na minha existência inútil, mostraste ser o oposto.

Eu gosto de ti. Gosto de ti ao ponto de querer te obedecer em todos os teus critérios. Gosto de ti ao ponto em que podia deixar tudo se arrastar. "É só mais uns dias até o trabalho estabilizar!" 

O trabalho. Sempre a porra do trabalho.

Sou tão vulnerável que ia aceitar migalhas só para não deixar de te ter. Mas chega. Tive que abrir os olhos.

Até hoje tenho a cabeça completamente fodida por alguém em quem confiei de olhos fechados e atrás de quem corri, cheia de malas e bagagens, pronta a começar uma vida a dois. E depois a instabilidade mental dele não me quis mais por perto! Não podia deixar que me fizesses isso. Porque sim, era o que estavas a fazer.

Meu querido, os problemas de ansiedade e depressão que me assombram há anos podem me deixar no buraco mais fundo muitas vezes, mas deixa que te diga que desta vez não ia ser assim.

Desta vez quem teve tomates fui eu. Não lidas bem com pressão, temos pena. Eu não lido bem com a ilusão! Alguma vez isso te importou? Não! 

Então agora que te fodas!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Tenho Saudades...

 Há histórias que não dão o mínimo jeito de contar. Há histórias cujo fundamento, cujas sensações são impossíveis de descrever, só mesmo vivendo. Há coisas que não podem ser passadas a histórias, há coisas que não sabem igual se forem contadas, só mesmo vivendo-as.  Há daquelas coisas que me dão um apertozinho no peito só por saber que não me saberão mais igual, porque mesmo recordando-as, não as estarei vivendo como da primeira vez. Há daquelas coisas que me trazem aquela lágrima ao canto do olho, mas eu disfarço e sem que ninguém se aperceba, limpo-a. E até a lágrima fica na memória porque sei que de cada vez que recordar certas coisas a saudade só vai aumentar, só vai aumentar aquela vontade de chorar e de querer que tudo volte atrás, que tudo volte a ser como dantes.  E ficam as histórias, as memórias de cada coisa que fui vivendo. E há daquelas coisas que quando vivemos não damos a mínima importância, a não ser no dia em que paramos para pensar e chegamos à conclusão de que a
Q uantas vezes dou por mim a questionar a minha sanidade mental!? Já perdi a conta. A verdade é que neste mundo em que estou, não me sinto normal. A verdade é que neste mundo em que estamos, há mais gente rebentada emocionalmente e que se julga normal, do que gente que se sente como eu e tem consciência disso.  Ultimamente ando perdida... quer dizer, acho que não foi só ultimamente. Acho que ao longo de toda a minha existência tive fases assim. Andei sempre numa montanha russa de emoções sem mapa que me indicasse o caminho certo. E esta merda desgasta-me!  Nestes últimos meses sinto que envelheci uma tonelada de anos! Como é que é possível? Não sei responder a isso. Nem a isso, nem a tantas outras questões que se colocam dentro do meu cérebro manhoso. Bolas, eu estou a envelhecer, mais psicologicamente do que fisicamente, mas estou. É a carga que carrego que faz tudo isso sobressair.  E essa carga (daquelas que ninguém vê, mas que está lá) é a que me tira o sono à noite. É um emara

Minha Libertação

Às vezes sinto que me invade o vazio. Parece que já a nada pertenço. Tenho tudo, mas ao mesmo tempo não tenho nada. Sou como uma folha de Outono. Desprendi-me da árvore e agora só me resta andar ao sabor do vento. Vou a todo o lado, mas não tenho destino algum. Todos os caminhos me pertencem, mas nenhum me leva na direção desejada... Nem eu sei qual é a direção desejada. Toda a vida me senti assim, errante. Desenquadrada. Faço parte de uma pintura à qual eu não pertenço. Quero me libertar. Quero sentir nas veias, correr o meu sangue quente. Quero ter vida! Mas eu tenho vida. Uma vida extenuante. Uma vida sem objetivos. Uma vida cujos episódios vou vivendo em piloto automático. Mas eu quero mais! Estou sedenta por viver uma Vida. Por ter vontade de lutar, de buscar algo melhor. Por viver a sério, como as pessoas felizes fazem. Estou sedenta de libertação. Mas não é uma libertação qualquer. É uma libertação que vai mais além do que aquela que atinjo no meio destas palavras soltas a