Chega.
Há um limite para o que é tolerável. Há um limite na minha tolerância que tive que impor à força, mas teve que ser. Se assim não fosse, ia deixar tudo se arrastar. Ia me arrastando atrás de ti e da tua noção de "calma", que a mim me pareceu parada. Ia viver na indefinição de uma coisa que tinha de ser preto no branco.
Eu não lido bem com indefinição. Não lido bem com gente sem planos, com gente que não sabe o que quer, com gente inconstante. E tu, que à partida parecias ter tudo organizado ao ponto de eu te querer na minha existência inútil, mostraste ser o oposto.
Eu gosto de ti. Gosto de ti ao ponto de querer te obedecer em todos os teus critérios. Gosto de ti ao ponto em que podia deixar tudo se arrastar. "É só mais uns dias até o trabalho estabilizar!"
O trabalho. Sempre a porra do trabalho.
Sou tão vulnerável que ia aceitar migalhas só para não deixar de te ter. Mas chega. Tive que abrir os olhos.
Até hoje tenho a cabeça completamente fodida por alguém em quem confiei de olhos fechados e atrás de quem corri, cheia de malas e bagagens, pronta a começar uma vida a dois. E depois a instabilidade mental dele não me quis mais por perto! Não podia deixar que me fizesses isso. Porque sim, era o que estavas a fazer.
Meu querido, os problemas de ansiedade e depressão que me assombram há anos podem me deixar no buraco mais fundo muitas vezes, mas deixa que te diga que desta vez não ia ser assim.
Desta vez quem teve tomates fui eu. Não lidas bem com pressão, temos pena. Eu não lido bem com a ilusão! Alguma vez isso te importou? Não!
Então agora que te fodas!
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