Está lua cheia, já viste?
E esta lua que se ergue por detrás das montanhas, é sempre igual e ao mesmo tempo tão diferente de qualquer outra lua cheia que me tenha acompanhado ao longo dos anos.
Desde criança nunca fui maluca ao ponto de sonhar um dia ir à Lua. Não! Sempre preferi ficar aqui, na minha zona de conforto, e deixei que a Lua viesse até mim. Então, uma vez por mês ela erguia-se em toda a sua forma, brilho e esplendor e ficava a noite toda a brilhar para mim.
Que egoísmo pensar que ela se erguia só para mim! A verdade é que ela se erguia para o mundo, mas neste mundo, parece que só eu lhe prestava atenção. Por isso, e só por isso mesmo, passei a tê-la como minha. Porque tudo o que cativa a minha atenção, passa a ser um bocadinho meu.
Tenho pena de nunca ter tido esse desejo incontornável de ir à Lua. Quem sabe, talvez me tivesse ajudado a alimentar o meu lado sonhador? Esse lado que já quase não existe, enterrado na conformidade dos meus dias, um a seguir ao outro, diferentes, mas iguais... Quase como essa Lua.
Se calhar, se tivesse alimentado desde criança esse lado sonhador, hoje em dia não seria quem eu sou, seria bem melhor! Não seria um ser adverso à mudança, mas antes um ser com vontade de arriscar mais e mais... Ao fim e ao cabo, não sou adversa à mudança, tenho sempre vontade de mudar, sobretudo quando tudo me corre mal, mas falta-me arriscar mais. Falta-me perder o medo de arriscar!
Às vezes a vontade de virar esta vida ao contrário invade-me e parece que explodo por dentro. Tenho vontade de ser lobo que se liberta em uivos, que nem serenata à Lua Cheia! Mas depois o meu lado morto, melancólico, conformista toma conta de mim e, presa no tear desta teia, pondero tudo uma e outra vez. Depois deixo-me ficar assim, morta, melancólica, conformista!
Deixo que tudo se vá arrastando no compasso dos meus dias, sem mudança. Deixo-me arrastar nesta vida cansada, sem saber por quanto tempo mais... Deixo-me a ser aquilo que não quero!
E esta lua que se ergue por detrás das montanhas, é sempre igual e ao mesmo tempo tão diferente de qualquer outra lua cheia que me tenha acompanhado ao longo dos anos.
Desde criança nunca fui maluca ao ponto de sonhar um dia ir à Lua. Não! Sempre preferi ficar aqui, na minha zona de conforto, e deixei que a Lua viesse até mim. Então, uma vez por mês ela erguia-se em toda a sua forma, brilho e esplendor e ficava a noite toda a brilhar para mim.
Que egoísmo pensar que ela se erguia só para mim! A verdade é que ela se erguia para o mundo, mas neste mundo, parece que só eu lhe prestava atenção. Por isso, e só por isso mesmo, passei a tê-la como minha. Porque tudo o que cativa a minha atenção, passa a ser um bocadinho meu.
Tenho pena de nunca ter tido esse desejo incontornável de ir à Lua. Quem sabe, talvez me tivesse ajudado a alimentar o meu lado sonhador? Esse lado que já quase não existe, enterrado na conformidade dos meus dias, um a seguir ao outro, diferentes, mas iguais... Quase como essa Lua.
Se calhar, se tivesse alimentado desde criança esse lado sonhador, hoje em dia não seria quem eu sou, seria bem melhor! Não seria um ser adverso à mudança, mas antes um ser com vontade de arriscar mais e mais... Ao fim e ao cabo, não sou adversa à mudança, tenho sempre vontade de mudar, sobretudo quando tudo me corre mal, mas falta-me arriscar mais. Falta-me perder o medo de arriscar!
Às vezes a vontade de virar esta vida ao contrário invade-me e parece que explodo por dentro. Tenho vontade de ser lobo que se liberta em uivos, que nem serenata à Lua Cheia! Mas depois o meu lado morto, melancólico, conformista toma conta de mim e, presa no tear desta teia, pondero tudo uma e outra vez. Depois deixo-me ficar assim, morta, melancólica, conformista!
Deixo que tudo se vá arrastando no compasso dos meus dias, sem mudança. Deixo-me arrastar nesta vida cansada, sem saber por quanto tempo mais... Deixo-me a ser aquilo que não quero!
Comentários
Enviar um comentário